domingo, 14 de março de 2010

Estímulo para tocar

Tenho pensado sobre algo que aprendi esta semana: o estímulo. Já que somos seres criativos por natureza, tudo o que precisamos para produzir é o estímulo.

Dentro desta linha, tentei estimular a Nina para estudar estes dias. Na quinta, quando eu disse que era hora de estudar, ela estava lá fora, brincando na grama e me veio com aquela cara de preguiça! Respirei fundo e trouxe o violino, dizendo "vamos à primeira música"(seguindo o plano de estudo recomendado pela professora). Foi um desastre! Ela não estava a fim e tocou mal, com aquela cara de "me deixa em paz"!.

Não era o que eu queria... Peguei o violino de volta e dei um tempo. Então tive uma ideia: perguntei se ela era capaz de tocar e dançar ao mesmo tempo. Seus olhinhos brilharam! Na grama, descalça, pegou o violino com vontade e começou a tocar a música nova andando pra lá e pra cá! Foi um barato. Valeu por aquele dia.

Dia seguinte, papai estava estudando seu violino com corda de viola e pediu que ela acompanhasse em uma música que eles tocam juntos há alguns meses. Ela tocou. Eu estava ocupada, conversando com minha irmã do outro lado do mundo, na Nova Zelândia por Skype. Então, Nina aparece e a tia pergunta pelo instrumento novo, que gostaria de ouvi-lo e tal. Pronto: estava aí o estímulo que ela precisava. Tocou para a tia pela internet.

Hoje foi diferente. De novo, quando eu a chamei, ela não queria vir e ficou enrolando. Então sugeri que ela trouxesse o que estava brincando para brincarmos e tocarmos ao mesmo tempo. Era Lego e trouxemos o barco. Ela tinha que revisar "Remando Suavemente", do livro 1, para fazer soar e vibrar seu violino. Fiquei "remando" enquanto ela tocava. E depois? Bom, como ela estava fantasiada com sua fantasia de ginástica (um colã vermelho com lantejoulas), eu disse que ela tinha agora que tocar com muito brilho, tanto quanto tinha em sua roupa... E ela tocou a música nova lindamente!

É isso! Acho que não tem segredo, nem receita... Só acho que com calma, a gente consegue deixar a inspiração vir e assim podemos nos conectar com a nossa própria energia criativa, para justamente, estimular nossos filhos a se conectarem com a deles.

Um abraço e até breve!

Um comentário:

  1. Maíra, fico muito feliz, com todas estas palavras... Sinto-me estimulada com todas estas vivências, verdadeiras riquezas, que não pagam contas, mas transformam contos...
    Beijos
    Fe

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